Revisão política e artística no documentário John e Yoko: só céu como testemunha
Romulo Mattos
Considerando o aniversário de 80 anos de nascimento de John Lennon, vale abordar criticamente um filme disponibilizado sem tanta repercussão pela Netflix, no ano passado, e que está relativamente abandonado nessa plataforma de streaming. Dirigido por Michael Epstein, John e Yoko: só o céu como testemunha (John & Yoko: Above Us Only Sky) é esteticamente bem realizado, utiliza criativamente o farto arquivo de imagens do par amoroso (embora nem todo material seja inédito) e conta ainda com interessantes depoimentos de pessoas que lhe eram próximas. Mas documentários sobre Lennon produzidos por Yoko Ono (ou com o seu aval) geralmente têm um roteiro pré-definido, para consolidar um determinado entendimento acerca da trajetória do beatle: 1) a criança que foi abandonada pelos pais na infância, e que na adolescência sofreu a dor de ter perdido a mãe logo após ter se reconciliado com ela, vítima de atropelamento por um policial alcoolizado; 2) o jovem que conheceu a fama em nível possivelmente inédito para um artista, embora fosse infeliz à frente da maior banda de rock do mundo; 3) o britânico que conheceu a redenção pelo amor de uma oriental, importante para a sua libertação pessoal e artística, porém hostilizada por jornalistas e fãs dos Beatles; 4) o pacifista hippie e ativista social que empregou o seu prestígio na divulgação da paz mundial, sendo “Imagine” (1971) o hino desse ideal; 5) o estrangeiro que foi alvo da perseguição do Departamento de Imigração dos EUA por motivos políticos, no governo Nixon, e saiu vitorioso dessa desigual disputa. Com exceção do primeiro ponto, todos os demais estão presentes no filme, o que indica a interferência da artista nipônica.
O título sugere aquilo que se torna evidente no desenvolvimento do documentário: dessa vez, Yoko divide o protagonismo da narrativa com Lennon. De forma ousada, essa proposta se estende para a própria trajetória artística do cantor. Trata-se do maior investimento na memória positiva acerca de sua influência na carreira profissional do músico. A película dá informações sobre a infância da japonesa, a sua abordagem como artista de vanguarda no grupo Fluxus e sua participação nos projetos musicais de Lennon, é claro. Nesse quesito, o filme pode ser polêmico ao insinuar a sua condição de coautora da obra do músico, em certos momentos.
Há muito tempo, é possível observar certa obsessão de Yoko pela canção “Imagine” (1971), que foi regravada por ela em 2018, e nomeou o conhecido documentário sobre a vida e a obra Lennon, lançado em 1988, com direção por Andrew Solt. Além disso, o disco homônimo foi objeto de outro trabalho não ficcional, Gimme Some Truth: The Making of John Lennon’s Imagine Album (2000), de Andrew Solt. A artista costuma tratar a composição como a mais representativa de toda a carreira do roqueiro. Em John e Yoko: só o céu como testemunha, “Imagine” é exaustivamente abordada, e sonoriza a sua parte final, quando aparece a informação de que ela foi considerada a canção do século pela National Music Publishers Association. A questão é que Yoko teve a coautoria da música legalmente reconhecida em 2017, portanto, o filme que data do ano seguinte tem como objetivo justificar essa nova condição.
Seguindo esse alvo, a obra fílmica reproduz entrevistas concedidas pela artista performática em preto e branco, nas quais ela conta que uma forma de enfrentar a fome na infância vivida no Japão, no contexto da Segunda Guerra Mundial, era “imaginar” a comida – método que compartilhou com o irmão mais novo. Em seguida, cita trechos do seu livro sobre arte conceitual, Grapefruit (2009, p. 63), lançado em 1964, em que o termo “imagine” aparece em vários poemas, como na sua “Peça de sanduíche de atum”:
Imagine mil sóis no céu
ao mesmo tempo.
Deixe que eles brilhem durante uma hora.
Então, faça-os gradualmente derreter
no céu.
Prepare um sanduíche de atum e coma-o.
Por fim, reproduz um áudio de Lennon em que ele diz, de forma complacente, que seria justo compartilhar a autoria de “Imagine” com Yoko, uma vez que a ideia do poder da imaginação está na obra de sua companheira, mais especificamente, naquele livro. “A canção deveria ser reconhecida como uma faixa Lennon-Ono porque muito dela, a letra e o conceito, vieram da Yoko. Mas, naquela época, eu era mais egoísta, mais ‘macho’, e eu meio que omiti a sua contribuição para a canção”, afirma o beatle. Assim, é complementado o movimento que justificativa a coautoria da icônica música. Quanto a essa questão, é certo que o contato diário de Lennon com a sua companheira deve tê-lo inspirado a conceber o ato de imaginar como uma ferramenta para a mudança mundial. Mas vale ressalvar que é fato comum a influência de obras artísticas e literárias nas composições de roqueiros. O próprio Lennon se inspirara fortemente em The psychedelic experience (1964), de Timothy Leary – um manual lisérgico baseado n’O Livro dos Mortos Tibetano –, para compor “Tomorrow never knows” (1966). Nem por isso cogitou conceder coautoria ao psicólogo que ficou conhecido como o papa do LSD (TURNER, 2018, p. 142-3).
Independentemente de ter sido uma decisão acertada ou não, o maior inconveniente de creditar “Imagine” também a Yoko é que essa nova realidade reforça a associação dessa canção ao mero pacifismo hippie, dominante no ideário da multiartista. O que permite essa imprecisa operação é a generalização do verso “Nada em nome do qual matar ou morrer” (“Nothing to kill or die for”). No entanto, no entender do próprio Lennon, trata-se de uma letra antinacionalista – “Imagine que não existam países” (“Imagine there’s no countries”) –, antirreligiosa – “E também nenhuma religião” (“And no religion too”) –, anticonvencional – “Imagine todas as pessoas vivendo para o dia de hoje” (“Imagine all the people living for today”) –, e anticapitalista – “Imagine que não existam posses” (“Imagine no possessions”) (LEVY, 2005, p. 87). E há no refrão uma utopia socialista: “Você pode dizer que sou um sonhador/ mas não sou o único/ espero que um dia você se junte a nós/ e o mundo será como um só” (“You may say i’m a dreamer/ But I’m not the only one/ I hope some day you’ll join us/ And the world will be as one”).
Outro indício de que o seu compositor original não concebera “Imagine” como um simples apelo à harmonia e à paz mundial foi o convite para os trotskistas Tariq Ali e Robin Blackburn participarem do vídeo promocional do single, que chegou ao primeiro lugar nos EUA e na Inglaterra, entre outros países. Os dois ativistas aceitaram o convite e levaram para a ocasião o recém-libertado Régis Debray, o mais conhecido cronista europeu da Revolução Cubana, que fora preso e torturado na Bolívia (ALI, 2008, p. 350). Em carta enviada ao antigo parceiro Paul McCartney, explicou: “Então você acha que ‘Imagine’ não é política? É ‘Working class hero’ com açúcar para conservadores como você” (DU NOYER, 2010, p. 51). Nesse trecho, há a citação da canção que traz no título uma expressão que trata não de um militante e sim de uma pessoa que, nascida nas classes mais pobres, ascendeu socialmente – sendo muito utilizada para pop stars, jogadores de futebol, astros de cinema, entre outros. No entender de Lennon, tratar-se-ia de uma música revolucionária, por abordar indivíduos que, como ele, pertenciam à classe trabalhadora e conviviam com expectativas generalizadas quanto a serem “processados para a classe média ou para a indústria” (WENNER, 2000, p. 93). O abrandamento do caráter militante de “Imagine” por meio da abordagem açucarada é perceptível no arranjo, uma vez que se trata de uma balada conduzida pelo piano acústico, adornada por delicados sons de cordas, com baixo e bateria executados de forma contida, além de uma interpretação vocal serena. O roqueiro concebera essa estratégia após ter percebido a resistência do grande público ao seu primeiro disco solo, John Lennon/Plastic Ono Band (1970), com canções engajadas.
No parágrafo anterior, vale ressalvar, em primeiro lugar, que o enquadramento de McCartney na categoria do conservadorismo é incorreto, tendo em vista o seu entrosamento com artistas de vanguarda e intelectuais progressistas da chamada Swinging London – inclusive, havia títulos de autores da Nova Esquerda em sua biblioteca (TURNER, 2018, p.114-5, 118) –, ou a sua militância canábica, nos anos 1970 (DOYLE, 2014, p. 109). Em segundo, que Lennon não era propriamente um filho da classe trabalhadora, tendo sido criado por sua tia Mimi como um menino educado de classe média dos subúrbios, em uma confortável casa, internamente projetada para sugerir um solar elizabetano e situada em uma agradável área parcialmente rural (NORMAN, 2009, p. 36, 39).
A ênfase na caracterização de Lennon como um pacifista hippie, como quer Yoko, acarreta uma contradição ao filme, que mostra uma rápida imagem do roqueiro em uma manifestação de rua com um cartaz de propaganda da revista Red Mole, filiada à nova esquerda britânica e editada pelos já citados Ali e Blackburn. E a reprodução ampliada da capa da revista que Lennon carregava tem como tema o Exército Republicano Irlandês (IRA), como se sabe, um grupo armado. Não por acaso, ele escreveria “Sunday Blody Sunday” (“Domingo Sangrento”), logo após o dia 30 de janeiro de 1972, em que militantes católicos enfrentaram soldados ingleses nas ruas de Londonderry, na Irlanda do Norte, com o saldo de treze mortos e dezessete feridos, todos irlandeses. Sobre o mesmo episódio, o McCartney escreveu “Give Ireland back to the Irish” (“Devolva a Irlanda aos irlandeses”), o que novamente o desvia da rota do conservadorismo. As simpatias radicais de Lennon, combinadas com a consciência de suas próprias raízes irlandesas, o haviam inclinado para essa causa nacionalista. Depois daquela ocorrência, o roqueiro e cerca de 5.000 pessoas protestaram em frente aos escritórios da companhia aérea britânica BOAC (British Overseas Airways Corporation), em Nova Iorque. Nessa ocasião, discursou para a multidão e mencionou que a sua terra natal, Liverpool, tinha o status não oficial de capital irlandesa. Em novembro do ano anterior, ele compusera “The Luck of the Irish” (“A sorte dos irlandeses”), que defende a luta daquele grupo político irlandês, para o espanto do jornalista de rock Paul Du Noyer (2010, p. 75-7), conterrâneo de Lennon. O crítico considerou tal composição péssima e constrangedora, por supostamente promover polêmica simplista e misturar clichês de brochuras turísticas e pastiche de canção folk. E ainda reproduziu o discurso autorizado de Yoko, segundo o qual o artista britânico era mais interessado no pacifismo liberal do que na luta armada. No entanto, Gerry O’Hare, integrante do setor de imprensa do IRA, confirmou que Lennon era considerado um aliado útil pelos líderes do grupo paramilitar. O astro chegou a se oferecer para fazer dois shows em benefício do IRA – um em Dublin e o outro em Belfast. E documentos do Departamento Federal de Investigação (FBI) comprovam a informação de que os serviços de segurança britânicos estavam espionando o cantor (que nessa época morava nos Estados Unidos), por conta de seu apoio ao republicanismo irlandês (cf. ROGAN, 2006). Além disso, David Shayler, ex-agente do serviço secreto inglês, afirmou que Lennon colaborou financeiramente com IRA, e garantiu ter visto documentos sobre o seu apoio ao Partido Revolucionário dos Trabalhadores, uma organização trotskista. Contrariada, Yoko declarou que o beatle enviara dinheiro à Irlanda do Norte, sim, mas apenas para ajudar crianças e a comunidade afetada pela violência política (GÓMEZ, 2000). Mas o músico inglês também se relacionou com organizações armadas dos EUA, como o Weather Underground (LEARY, 1999, p. 372) e o Partido dos Panteras Negras (DAVIES, 2012, p. 251, 255). Decerto, essas informações prejudicam o investimento da artista na memória de que Lennon seria um inconteste pacifista.
Curiosamente, “Sunday Blody Sunday” e “The Luck of the Irish” foram creditadas à parceria Lennon-Yoko, no disco Some Times New York City (1972), que marca o auge político do roqueiro. Em janeiro de 1971, ele concedera uma entrevista a Ali e Blackburn, publicada no Red Mole com o título da canção que enfatiza a sua guinada à esquerda, composta no mesmo ano: “Power to the people” (“Poder ao povo”), na qual revê afirmações antirrevolucionárias feitas em “Revolution” (1968) (MATTOS, 2014, p. 46). Nos anos 1960, Lennon não participava das passeatas do VSC (Vietnam Solidarity Committee), ao qual aqueles dois trotskistas estavam vinculados, porque: “não gostava de violência” (ALI, 2008, p. 347). Porém, no início da década seguinte, na presença de tal dupla de marxistas e de sua companheira, o beatle apresentou uma visão política contrária, e debateu a melhor forma de efetivar a revolução, tendo apontado para dois caminhos tidos como complementares: a conscientização dos trabalhadores e a luta armada. Nesse último caso, o cantor desprezou o pensamento de Yoko segundo o qual seria possível uma “revolução sem violência” (ALI, 2008, p. 387) – que seguia a cartilha hippie dos anos 1960 –, e foi ao encontro da Nova Esquerda: “Não se pode tomar o poder sem luta…” (IDEM). Ao que Ali completou: “Isso é o mais importante” (IDEM). Lennon insistiu no tema do enfrentamento violento, e se referiu ao poder bélico do Estado: “Temos que nos infiltrar no Exército, porque eles estão bem treinados para matar todos nós” (IDEM).
Apontar para a revisão artística e política promovida por Yoko não significa negar a sua influência sobre Lennon. Isso seria reproduzir acriticamente a forte rejeição àquela personagem no debate público sobre os Beatles: no senso comum, a companheira oriental do músico inglês é tida como a responsável pela separação da mais famosa banda de rock de todos os tempos. Assim, são deixados de lado temas que foram determinantes para o fim do grupo, como o desgaste provocado pela gestão do seu império financeiro, encabeçado pela empresa Apple (DOGGETT, 2002, p. 36, 38, 39, 45-8). A respeito da ascendência intelectual da multiartista sobre o músico, Ali (2008, p. 347) afirmou: “A maior influência sobre ele [Lennon] era Yoko Ono. Ela o introduziu nos conceitos feministas, e a reação geral a ela na sociedade britânica lhe deu consciência do veneno chauvinista e racista que, ele insistia, era muito profundo nas classes dominantes”. John Sinclair, poeta, empresário da banda MC5 e membro do White Panthers Party, concordou em que: “O papel de Yoko Ono nessa transformação [política de Lennon] foi fundamental” (MITCHEL, 2015, p. 39). Ela o influenciou ainda na descoberta da arte abstrata, nos inovadores protestos antiguerra – como o bagism, o bed-in e os outdoors com mensagens pacifistas espalhados pelo mundo –, e no relaxamento da voz, sendo a própria japonesa um exemplo da não contenção do canto.
John e Yoko: só o céu como testemunha divulga para um público ampliado aquilo que interlocutores do casal, como Ali, já haviam percebido. Mas certos depoentes exageram ao abordar o quanto Lennon seria artística e intelectualmente dependente de sua parceira: “Ela falava através dele. Acho que o mundo não entendeu isso, mas tudo isso, a linguagem que você vê desde o momento em que eles se uniram é a linguagem da Yoko”, assevera Dan Richter, assistente do casal. Não custa lembrar que o papel de parceiro artístico por excelência de Lennon ainda pertence a McCartney, que no documentário aparece mais como um rival do que como amigo e coautor de grandes sucessos dos Beatles. O filme menciona que o segundo incluiu recados ranzinzas para o primeiro em certas faixas do disco Ram (1971) – principalmente em “Too Many People” –, o que levou o músico atingido a compor uma impiedosa resposta: “How do you sleep” (1971). Sobre esse assunto, vale lembrar que outros integrantes da banda participaram indiretamente dessa desavença. A gravação incluída no álbum Imagine conta com a participação do guitarrista George Harrison, que, de acordo com o testemunho de um jornalista presente ao estúdio, sorria com indulgência enquanto Lennon soltava os cachorros. Já o baterista Ringo Starr, que não participou do registro oficial da música, assistiu perturbado aos insultos feitos a McCartney no estúdio, e disse: “Já é o suficiente, John” (DOGGETT, 2012, p. 211). Independentemente dessa rixa, é interessante ver na obra fílmica Lennon e Harrison trocando afetos em outro momento, sendo que os dois haviam se aproximado mais por volta de 1967. O cicerone elogiou bastante o desempenho de seu convidado na guitarra nas notas que acabaram não sendo incluídas no encarte daquele disco: “O melhor solo de guitarra de George Harrison até hoje está nessa faixa – tão bom quanto qualquer coisa que já ouvi de qualquer – em qualquer lugar” (DAVIES, 2012, p. 229).
Apesar das tentativas de revisão da obra artística e política de Lennon, o documentário merece ser visto porque sempre vale a pena conhecer mais sobre o músico que, não obstante ter alcançado enorme sucesso e contribuído para a aceleração da mudança comportamental dos anos 1960 com os Beatles, utilizou a sua arte como veículo de propaganda política no início da década seguinte – tendo se tornado um militante social que incomodou o poder, tanto nos EUA, quanto na Inglaterra. Ainda que Yoko tente dividir o protagonismo da carreira artística de Lennon, o que parece exagerado, esse objetivo acaba por fornecer informações sobre a vida e a obra da primeira, que não são conhecidas do grande público, e isso também é válido. Acima de tudo, o filme foi o último grande investimento na memória autorizada sobre o músico, e pode animar o debate acerca do seu octogésimo aniversário de nascimento.
Bibliografia
ALI, Tariq. O poder das barricadas. Uma autobiografia dos anos 60. São Paulo: Boitempo, 2008.
DAVIES, Hunter. As cartas de John Lennon. São Paulo: Planeta, 2012.
DOGGETT, Peter. A batalha pela alma dos Beatles. Curitiba: Nossa Cultura, 2012.
DU NOYER, Paul. John Lennon. The stories behind every song 1970-1980. London: Carlton Books, 2010.
GOMÉZ, Lourdes. Un ex espía británico asegura que John Lennon financió al IRA. El País, 20 de fev. De 2000. Acessado em: 09/10/2020. <<https://elpais.com/autor/lourdes-gomez/>>
LEARY, Timothy. Flashbacks “surfando no caos”: uma autobiografia. São Paulo: Beca Produções Culturais, 1999.
LEVY, Joe. Rolling Stone’s 500 Greatest Albums of All Time (First Paperback ed.). New York: Wenner Books, 2005.
MATTOS, Romulo Costa. O rock como revolução: a radicalização política de John Lennon em sua obra musical e na “entrevista perdida” ao jornal Red Mole (1971). História & Luta de Classes, Marechal Cândido Rondon, n. 18, 2014.
MITCHELL, James A. John Lennon em Nova York: os anos de revolução. Rio de Janeiro: Valentina, 2015.
NORMAN, Philip. John Lennon: a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
ONO, Yoko. Grapefruit. O Livro de Instruções + desenhos de Yoko Ono. Belo Horizonte: [S.N], 2009.
ROGGAN, Johnny. Lennon: The Albums. London: Rogan House, 2010.
TURNER, Steve. Beatles 1966: o ano revolucionário. São Paulo: Benvirá, 2018.
WENNER, Jann S. Lennon Remembers. London/ New York: Verso, 2000.